domingo, 28 de julho de 2013

Halloween

É complicado escrever depois de uma partida como a que assisti contra o Sport em Recife. Às vezes acho que, além de nossa incompetência, o mundo conspira contra o Coritiba. Para piorar, acredito que agora sou esquizofrênico também. Explico: quando vi o Coxa entrar em campo, logo reparei no Marcel e tive uma discussão comigo mesmo:
- Caramba, o Marquinhos vai para cima mesmo! Deivid e Marcel em campo. Então, David deve jogar mais atrás, de garçom, e o Marcel, enfiado, só esperando o rebote. Gostei.
No entanto, minha outra personalidade disse:
- Está doido? Vai tirar quem? Os dois são lentos. Não vai dar certo.
- Estranho, será que ele quer mais marcação na frente e colocou o Deivid no banco? Não gostei da ideia. O Deivid é muito útil nas assistências.
- Abra o olho cara! Você está vendo o Deivid em algum lugar? Tem algo errado.
E aí, caiu a ficha. O Deivid não estava em campo e nem no banco. Em seguida veio a notícia, o atacante tinha sentido uma lesão no adutor da coxa e estava fora por período de 2 a 4 semanas. Além do fantasma do rebaixamento, a bruxa voltava a rondar o time do Alto da Glória.
O Coritiba até jogou bem no primeiro tempo, dominou as ações, mas a falta de qualidade no último passe continuou e, com isso, nada de gols para nós.
No segundo tempo, Marquinhos colocou Everton “Avatar” Costa no lugar de Marcel e o que estava ruim conseguiu ser piorado. Marcel ao menos segurava um zagueiro lá atrás. Everton Costa nem isso e, para piorar, o cara se lesionou sozinho e saiu de campo. Mais uma da bruxa...
No lugar de Everton Costa, entrou Rafinha Silva. Ele é bom jogador. Armou com Lincoln e Everton Ribeiro a melhor chance do time, desperdiçada de maneira infantil.
Para mim, a pá de cal do Coritiba se deu aos 38 minutos, com a entrada de Júnior Urso. A partir daí, desistimos de jogar e começamos a nos preocupar em nos defender, atraindo o Sport, que já era empurrado por sua torcida para cima da defesa mais vazada do campeonato. Eu teria mantido Lincoln, mesmo cansado, e tentaria cadenciar o jogo e não apenas me defender. Naquele momento lembrei-me de Marcelo Oliveira. Essa era uma substituição típica dele. Não que com ele no banco o resultado teria sido diferente, acredito até que teríamos perdido de mais, mas no fim o resultado final é o mesmo. Perdendo de 1 ou de 10, ficamos a um ponto da zona de rebaixamento.
As próximas 12 rodadas serão vitais. Eu, sinceramente, acredito que não entraremos na zona de rebaixamento na próxima rodada somente porque o Sport enfrentará o Corinthians fora de casa, entretanto, o fantasma do rebaixamento está cada vez mais próximo.
Nas minhas simulações, caem Figueirense, Atlético Goianiense, Sport e até tem mais uma vaga, que eu vejo estar muito mais para nós do que para o Bahia ou Náutico, mas quando se começa a analisar a tabela para tentar se garantir fora da degola contando com a incompetência de outros é porque algo está muito, mas muito errado e a vaca tem tudo para ir para o brejo.
Para escapar dessa, não há outro caminho. Precisamos vencer o São Paulo, parada duríssima, no Couto Pereira. Novamente teremos uma semana para a preparação. Nessa semana de treinamento, que tal treinar mais a parte defensiva, a qual será duramente testada contra Jadson, Lucas e Luis Fabiano, e buscar aprimorar o último passe?
Daqui para frente, amigo leitor, que Deus nos ajude, porque vamos precisar, e muito.
Saudações Sempre Alviverdes.

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