domingo, 23 de setembro de 2012

Halloween

É complicado escrever depois de uma partida como a que assisti contra o Sport em Recife. Às vezes acho que, além de nossa incompetência, o mundo conspira contra o Coritiba. Para piorar, acredito que agora sou esquizofrênico também. Explico: quando vi o Coxa entrar em campo, logo reparei no Marcel e tive uma discussão comigo mesmo:
- Caramba, o Marquinhos vai para cima mesmo! Deivid e Marcel em campo. Então, David deve jogar mais atrás, de garçom, e o Marcel, enfiado, só esperando o rebote. Gostei.
No entanto, minha outra personalidade disse:
- Está doido? Vai tirar quem? Os dois são lentos. Não vai dar certo.
- Estranho, será que ele quer mais marcação na frente e colocou o Deivid no banco? Não gostei da ideia. O Deivid é muito útil nas assistências.
- Abra o olho cara! Você está vendo o Deivid em algum lugar? Tem algo errado.
E aí, caiu a ficha. O Deivid não estava em campo e nem no banco. Em seguida veio a notícia, o atacante tinha sentido uma lesão no adutor da coxa e estava fora por período de 2 a 4 semanas. Além do fantasma do rebaixamento, a bruxa voltava a rondar o time do Alto da Glória.

O Coritiba até jogou bem no primeiro tempo, dominou as ações, mas a falta de qualidade no último passe continuou e, com isso, nada de gols para nós.

No segundo tempo, Marquinhos colocou Everton “Avatar” Costa no lugar de Marcel e o que estava ruim conseguiu ser piorado. Marcel ao menos segurava um zagueiro lá atrás. Everton Costa nem isso e, para piorar, o cara se lesionou sozinho e saiu de campo. Mais uma da bruxa...

No lugar de Everton Costa, entrou Rafinha Silva. Ele é bom jogador. Armou com Lincoln e Everton Ribeiro a melhor chance do time, desperdiçada de maneira infantil.

Para mim, a pá de cal do Coritiba se deu aos 38 minutos, com a entrada de Júnior Urso. A partir daí, desistimos de jogar e começamos a nos preocupar em nos defender, atraindo o Sport, que já era empurrado por sua torcida para cima da defesa mais vazada do campeonato. Eu teria mantido Lincoln, mesmo cansado, e tentaria cadenciar o jogo e não apenas me defender. Naquele momento lembrei-me de Marcelo Oliveira. Essa era uma substituição típica dele. Não que com ele no banco o resultado teria sido diferente, acredito até que teríamos perdido de mais, mas no fim o resultado final é o mesmo. Perdendo de 1 ou de 10, ficamos a um ponto da zona de rebaixamento.

As próximas 12 rodadas serão vitais. Eu, sinceramente, acredito que não entraremos na zona de rebaixamento na próxima rodada somente porque o Sport enfrentará o Corinthians fora de casa, entretanto, o fantasma do rebaixamento está cada vez mais próximo.

Nas minhas simulações, caem Figueirense, Atlético Goianiense, Sport e até tem mais uma vaga, que eu vejo estar muito mais para nós do que para o Bahia ou Náutico, mas quando se começa a analisar a tabela para tentar se garantir fora da degola contando com a incompetência de outros é porque algo está muito, mas muito errado e a vaca tem tudo para ir para o brejo.

Para escapar dessa, não há outro caminho. Precisamos vencer o São Paulo, parada duríssima, no Couto Pereira. Novamente teremos uma semana para a preparação. Nessa semana de treinamento, que tal treinar mais a parte defensiva, a qual será duramente testada contra Jadson, Lucas e Luis Fabiano, e buscar aprimorar o último passe?

Daqui para frente, amigo leitor, que Deus nos ajude, porque vamos precisar, e muito.

Saudações Sempre Alviverdes.

O que fazer com um planejamento.

Tenho lido muito sobre o tal do planejamento traçado para o Coritiba, seja para este ano ou ainda para 2013. O deste ano, no início de 2012 seria a classificação para a Libertadores da América, porém, devido a nossos resultados, refizemos nossos cálculos e aceitamos as metas de se chegar à segunda final consecutiva da Copa do Brasil e se classificar para a Sul-Americana. Porém, tenho meu próprio planejamento, mais humilde é verdade, e aceito de bom grado permanecer na Série A e tentar alçar vôos mais altos em 2013.

Projetos, planejamentos e metas são de suma importância quando se busca uma marca de sucesso, porém, isso não é suficiente. Para que o objetivo seja realmente alcançado, deve-se possuir recursos, e a evolução do projeto deve ser acompanhada passo a passo. Em administração de empresas, utilizam-se diversas ferramentas para avaliar e garantir o bom andamento de um projeto. Acredito que a ferramenta mais simples, mas não menos eficaz, seja o "Key Performance Indicator", ou simplesmente KPI, a qual, quando bem elaborada, nos fornece uma fotografia da situação atual, do histórico, e nos oferece a chance de rever o projeto em seus pontos fracos, haja vista que expõe onde os erros e pontos fracos estão.

No caso do Coritiba, acredito que o acompanhamento do projeto deve (ou deveria) focar principalmente na avaliação de qualidade de elenco nos diversos setores e comissão técnica através de indices como: resultados dentro e fora de casa, posse de bola, domínio de jogo, curva ABC para gols sofridos e marcados considerando tempo de jogo e como o gol foi marcado/sofrido (escanteio, falta, pênalti, etc), faltas a favor ou contra e outros. Entretanto, o mais importante é não ter medo de rever o projeto, assumir que o caminho tomado não levará ao objetivo e mudar a rota, o foco ou, até mesmo, substituir.

O Presidente Vilson é um homem de negócios. Ele conhece muito de planejamento, confia e acredita em seus ideais. Assim, tenho certeza de que a mudança no planejamento e, consequentemente, da comissão técnica, foram muito pensados e pesados em seus prós e contras. Eu, sinceramente, apenas espero que a tomada de decisão não tenha sido tardia. Não podemos esquecer que a bola pune e estamos perdendo muitos pontos em casa. Entre empates e derrotas, já foram 17, pontuação suficiente para nos colocar nas cabeças. Para piorar, nas próximas rodadas enfrentaremos exatamente os times que estão lá em cima, os atuais líderes de um Campeonato extremamente difícil (para nós).

Exitem garantias de que a decisão tomada foi a melhor, principalmente em relação ao treinador? Não. Isso apenas o tempo e os resultados dirão, mas algo tinha que ser feito para evitar que todo um projeto fosse por água abaixo, e não estou falando apenas de 2012, falo de 2010 até 2013. Sim, pois não se pode macular tudo o que foi feito, bem como, para o ano que vem os planos são bem maiores, inclusive com intenções de contratação de atletas de gabarito.

Para escapar do rebaixamento, acredito que necessitemos de 45 pontos, ou seja, faltam 17. Há mais 39 pontos para disputar, sendo 21 deles em casa, ou seja, a tarefa não é fácil.

Para os que se contentam com o fato de times como Palmeiras e Flamengo não estarem passando por boa fase, gostaria de deixar apenas alguns avisos e lembretes:

- Lembrem o que ocorreu com a gente na final da Copa do Brasil;
- Existe sempre o interesse de uma história bonita para contar no fim do ano. Você se recordam do Fluminense de 2009?
- Futebol é dinheiro. A era do futebol romântico já passou há muitos anos e;
- Principalmente, Existem 4 vagas para a Série B de 2013 e uma dessas, NÃO ESTÁ EM MEUS PLANOS.

Saudações Sempre Alviverdes.

O que você faria?

Após três partidas em duas semanas no cargo, o novo treinador do Coritiba, Marquinhos Santos finalmente “ganhou” uma semana cheia para treinar o time, algo raro no Campeonato Brasileiro, o que é duramente criticado por jogadores, dirigentes e comissão técnica, os quais sempre alegam que isso é inumano. E agora? O que fazer com essa semaninha antes de enfrentar o Sport?

O que você faria se tivesse uma semana para treinar o atual time do Coritiba? Sinceramente, eu focaria na defesa. Não sei como o amigo leitor COXAnauta vê a nossa retaguarda, mas cada vez que a bola se aproxima de nossa área eu fico com mau pressentimento, pior ainda em escanteios e faltas próximas à área. Se for sequência de escanteios então...

Não consigo ficar tranquilo com bolas sendo levantadas na área tendo a pior defesa do campeonato e sem Emerson e Pereira ali para afastar o perigo. Sim, eu gosto do Pereira, também gosto do Escudero, mas as escorregadas dele ainda vão matar alguém do coração. Por mim, poderiam até jogar os três juntos, com um ficando na sobra, por que não? O que não dá é ficar levando esse caminhão de gols e não tentar corrigir.

Estava conversando sobre este tema hoje com um amigo, também Coxa, e ele me disse que trabalharia o ataque, que criamos muito e concluímos pouco, que poderíamos ter feito mais uns 3 gols contra o Santos e vencido a partida. Concordo, porém, mantenho meu ponto de vista. Nosso ataque hoje é o 3º mais positivo, em compensação, nossa defesa é a mais vazada. No meu modo de ver, se eu fizer um gol e não tomar nenhum, ganho o jogo (e três pontos). Se eu marcar um gol e tomar dois, perco o jogo e não ganho ponto nenhum, e como o ataque vem cumprindo seu papel e tende a melhorar ainda mais com Deivid, eu focaria na zaga e buscaria corrigir este nosso calcanhar de Aquiles.

Mas o problema é somente na zaga? Claro que não. A marcação deve começar lá no ataque, como foi feito nas últimas partidas, facilitando o trabalho dos volantes e, consequentemente, a vida de Emerson, Pereira, Escudero, Demerson, Bonfim e Luccas Claro e, por fim, de Vanderlei.

É claro que a bruxa que ronda o Alto da Glória tem contribuído para estatística negativa. Cleiton, o ótimo Sérgio Manoel, Pereira e Emerson foram alguns dos atletas de defesa que sofreram com lesões recentes, sendo que Emerson levou um pisão no pé na partida contra o Grêmio cerca de dois meses atrás e até agora não melhorou. O laudo do CECCOR indica fratura do dedão e lesão no tendão e, para piorar, o zagueiro artilheiro ainda não tem previsão de retorno aos gramados. Sérgio Manoel passou por cirurgia e só volta em 2013, e por aí vai... sem contar os jogadores mais avançados como, por exemplo, Marcel, que sofreu várias lesões no ano, assim como Rafinha, o motorzinho do time, outro que tem visitado o DM constantemente.

Outro ponto que, a meu ver, colabora com nossos números de gols contra, foi a infeliz ideia de jogar para empatar. O dito popular é claro: “quem joga para empatar, perde”. Assim foi com o Coritiba quando se acovardou. Acabávamos atraindo o adversário para nosso campo de defesa e o resultado todo mundo conhece...

Daqui até o fim do campeonato, Marquinhos terá algumas rodadas com intervalos de uma semana entre cada partida, o que será muito bom para ele ajustar o time a sua maneira, corrigir falhar, ensaiar jogadas, enfim, trabalhar. No entanto, eu priorizaria a parte defensiva. Uma retaguarda coesa e firme será essencial para enfrentarmos Fred, Luis Fabiano, Alecssandro, Wellington Paulista, Souza, as duplas Aloísio e Caio, Kieza e Araújo, Marcelo Moreno, etc. É só chumbo grosso, artilharia pesada mesmo. Não dá prá dar bobeira com esses caras, senão, é rede na certa, como foi com Neymar. Mandamos no jogo, tivemos chances de ampliar e não fizemos. A calopsita pegou duas vezes na bola e fez dois bonitos gols.

Confio no trabalho do novo treinador. Tenho certeza de que ele está muito atento a este ponto fraco de nosso Coxa e que aproveitará a semana de folga da melhor maneira possível.

E você torcedor, o que faria? Trabalharia ataque? Defesa? Jogadas ensaiadas? Iria para o boteco com a rapaziada? Como aproveitaria sua primeira semana de treinamento?

P.S. Somente para por um pouquinho de pimenta: jogadores e comissão técnica reclamam muito de disputar duas partidas por semana, mas nunca vi nenhum tenista reclamar de disputar uma partida, folgar um dia e jogar novamente, mesmo estando correndo sozinho na quadra e tendo partidas com mais de duas horas de duração, alguém pode me explicar isso?

Saudações Sempre Alviverdes.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

CHEGA, ESTÁ NA HORA DE ALGUÉM FALAR A VERDADE.


Chega, não dá mais, acabou a paciência, temos duas opções:

Ou cortam a cabeça do Marcelo Oliveira, ou do(s) jogador(es) que estão articulando sua saída. Para mim é nítido que algo não está bem sintonizado entre atletas e treinador,as constantes declarações de jogadores deixam claro isso:

“precisamos de um esquema tático, mas isso não é minha função”
(vou omitir o nome deste jogador porque ele me pediu para não publicar)

“A gente ficou treinando jogada de bola aérea e não treina outras coisas, e isso não adianta”
Rafinha

“Não é um ou outro jogador que vai tirar o time dessa situação”
William

Além destes, o próprio Tcheco já havia declarado que não gostaria de se aposentar para poder ajudar o Coritiba neste momento difícil, por acaso vocês lembram quando Tcheco se aposentou?

Marcelo Oliveira tem culpa? Tem sim. O elenco é fraco, mas o cara prefere escalar Aquino e deixar Ruidiaz em casa. Qual o problema com o Peruano? É realmente pior do que Aquino? Porque se for, pelo amor de Deus, manda para o time lá de baixo, porque se eu entrar em campo com a camisa do Coxa, garanto que faço mais que nosso camisa 18.

Porque insiste em Chico? Ainda não deu para perceber que o cara não serve para jogador futebol? Qual o problema com Bonfim e Luccas Claro? Porque escalar Demerson que NÃO GANHA UMA JOGADA?

Está na hora de tirar os esqueletos de dentro do armário, ou sai Marcelo Oliveira, ou alguém (Tcheco, Ximenes ou o próprio M.O.) vem a público e revelam o que está acontecendo.

O projeto é bom, temos Deivid para este ano e a possível vinda de Alex para o ano que vem, mas isso só vai acontecer se ficarmos na Série A e não é este o caminho que estamos trilhando, prá falar a verdade, estamos seguindo o mesmo trajeto de 2009 onde o técnico protege o elenco e sempre vem com um discurso pseudo motivador, sem nunca mudar a atitude de derrotado.

BASTA, ou muda ou muda.

Saudações Sempre Alviverdes.

domingo, 2 de setembro de 2012

HIGHWAY PARA A SÉRIE B

Mais do mesmo, jogamos de maneira covarde como sempre, contra um time cheio de desfalques e problemas (assim como nós), sem torcida, pressionado pela situação e nós como bons samaritanos, como o VIAGRÃO VERDE que somos, acabamos com os problemas de mais um time. Perdemos, como sempre.

Como já disse várias vezes, não me incomodo em perder, seja dentro ou fora de casa, o problema é como estamos perdendo. Somos um time sem vibração, sem jogadas ensaiadas, sem referência de ataque, sem criatividade no meio, sem marcação nenhuma e principalmente, SEM ALMA.

Não consigo entender o que se passa na cabeça de Marcelo Oliveira, em uma partida escala Bonfim, na outra Bonfim nem no banco fica, contra o Internacional, Alex Santos iniciou a partida como titular, hoje foi preterido pelo péssimo Anderson Aquino, jogador que para mim deve ser dispensado ainda no vestiário, não podemos ficar com um profissional que em um jogo tropeça na bola, em outro perde a bola para a grama e sempre sai com um sorriso no rosto, CHEGA, as poucas chances que criamos tem que ser aproveitadas e esse não é o cara que vai fazer isso.

Um fato especial tem me chamado a atenção: as declarações dos jogadores, um já havia dito que sente falta de padrão tático de jogo, hoje Rafinha, reclamou que ficaram treinando bola aérea ao invés de treinar outras coisas e que isso não adianta, sim, seria complicado demitir Marcelo Oliveira hoje, afinal, quem colocaríamos no lugar? Mas algo tem que ser feito, o REBAIXAMENTO É LOGO ALÍ E ESTAMOS EM UMA HIGHWAY RUMO A ESTE DESTINO.

Com relação a POSSÍVEL contratação de Deivid; se Marcelo Oliveira continuar escalando somente um atacante, pode contratar até o Falcão Garcia amigo, não vai ter jeito, além disso, não adianta fazer 2 e tomar 4 como temos feito, não dá para entender como jogamos com 2 volantes, 2 zagueiros e um lateral apoiando e somos a defesa mais vazada da competição...

A próxima partida é contra a Portuguesa no Canindé, alguém tem dúvidas de que seremos covardes novamente e voltaremos com mais uma porrada nas costas?
Não tem como ser otimista, nossa realidade é essa, vamos brigar para não sermos rebaixados e é bom que consigamos uma gordura logo, porque o tempo está se esvaindo e em breve teremos apenas os candidatos a título pela frente.

Saudações Sempre Alviverdes.