Tenho lido muito sobre o tal do planejamento traçado para o Coritiba, seja para este ano ou ainda para 2013. O deste ano, no início de 2012 seria a classificação para a Libertadores da América, porém, devido a nossos resultados, refizemos nossos cálculos e aceitamos as metas de se chegar à segunda final consecutiva da Copa do Brasil e se classificar para a Sul-Americana. Porém, tenho meu próprio planejamento, mais humilde é verdade, e aceito de bom grado permanecer na Série A e tentar alçar vôos mais altos em 2013.
Projetos, planejamentos e metas são de suma importância quando se busca uma marca de sucesso, porém, isso não é suficiente. Para que o objetivo seja realmente alcançado, deve-se possuir recursos, e a evolução do projeto deve ser acompanhada passo a passo. Em administração de empresas, utilizam-se diversas ferramentas para avaliar e garantir o bom andamento de um projeto. Acredito que a ferramenta mais simples, mas não menos eficaz, seja o "Key Performance Indicator", ou simplesmente KPI, a qual, quando bem elaborada, nos fornece uma fotografia da situação atual, do histórico, e nos oferece a chance de rever o projeto em seus pontos fracos, haja vista que expõe onde os erros e pontos fracos estão.
No caso do Coritiba, acredito que o acompanhamento do projeto deve (ou deveria) focar principalmente na avaliação de qualidade de elenco nos diversos setores e comissão técnica através de indices como: resultados dentro e fora de casa, posse de bola, domínio de jogo, curva ABC para gols sofridos e marcados considerando tempo de jogo e como o gol foi marcado/sofrido (escanteio, falta, pênalti, etc), faltas a favor ou contra e outros. Entretanto, o mais importante é não ter medo de rever o projeto, assumir que o caminho tomado não levará ao objetivo e mudar a rota, o foco ou, até mesmo, substituir.
O Presidente Vilson é um homem de negócios. Ele conhece muito de planejamento, confia e acredita em seus ideais. Assim, tenho certeza de que a mudança no planejamento e, consequentemente, da comissão técnica, foram muito pensados e pesados em seus prós e contras. Eu, sinceramente, apenas espero que a tomada de decisão não tenha sido tardia. Não podemos esquecer que a bola pune e estamos perdendo muitos pontos em casa. Entre empates e derrotas, já foram 17, pontuação suficiente para nos colocar nas cabeças. Para piorar, nas próximas rodadas enfrentaremos exatamente os times que estão lá em cima, os atuais líderes de um Campeonato extremamente difícil (para nós).
Exitem garantias de que a decisão tomada foi a melhor, principalmente em relação ao treinador? Não. Isso apenas o tempo e os resultados dirão, mas algo tinha que ser feito para evitar que todo um projeto fosse por água abaixo, e não estou falando apenas de 2012, falo de 2010 até 2013. Sim, pois não se pode macular tudo o que foi feito, bem como, para o ano que vem os planos são bem maiores, inclusive com intenções de contratação de atletas de gabarito.
Para escapar do rebaixamento, acredito que necessitemos de 45 pontos, ou seja, faltam 17. Há mais 39 pontos para disputar, sendo 21 deles em casa, ou seja, a tarefa não é fácil.
Para os que se contentam com o fato de times como Palmeiras e Flamengo não estarem passando por boa fase, gostaria de deixar apenas alguns avisos e lembretes:
- Lembrem o que ocorreu com a gente na final da Copa do Brasil;
- Existe sempre o interesse de uma história bonita para contar no fim do ano. Você se recordam do Fluminense de 2009?
- Futebol é dinheiro. A era do futebol romântico já passou há muitos anos e;
- Principalmente, Existem 4 vagas para a Série B de 2013 e uma dessas, NÃO ESTÁ EM MEUS PLANOS.
Saudações Sempre Alviverdes.
domingo, 23 de setembro de 2012
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