segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A ALMA GUERREIRA E O ESPÍRITO DE PORCO

“Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão, se gritar pega ladrão ôôô não fica um”.

Quem acompanha o Geraldinos, sabe que na semana passada falei sobre arbitragem, mas não somente sobre arbitragem, mas sobre os erros absurdos que acontecem e sobre as preferências claramente notadas. Eu acreditava que nunca mais escreveria sobre isso, até porque não gosto do tema, mas o que ocorreu na partida contra o Xpó não me deixa outra escolha.

Tenho que admitir: em minha tabela em que marco o que imagino que vai acontecer a cada rodada eu havia marcado vitória do time de Recife, porém, quando comecei a assistir o jogo, mudei totalmente de opinião, o Coxa é mais time, jogava melhor, já havia alugado o meio campo e o gol me parecia questão de tempo, foi quando de repente, o melhor jogador do time da casa começou a se destacar.

Eu nunca havia ouvido falar de Jaílson Macedo Freitas, mas a partir de hoje ele entra na minha lista de arquitetos junto com alguns outros notáveis “profissionais do apito” que fazem de nossos gramados um circo, sempre dando um jeitinho para o time da casa ou para os queridinhos da CBF (Confederação de Bandalheiras do Futebol).

Logo no início da partida a banana de apito se mostrava um cara caseiro e isso começou a me preocupar, mas o primeiro pênalti que ele marcou foi caso de policia, o figurão estava a 7 metros do lance e disse que Fabinho Capixaba meteu o braço na bola, mas como é que ele marca isso se o lateral do Coxa estava de costas para ele e nas costas do atleta do Coritiba ainda tinha um jogador do time da casa?

No começo do segundo tempo após primorosa cobrança de falta de Tcheco, o goleiro Magrão sai mal do gol, faz falta em Pereira e a bola morre no fundo da rede, mas o que o soprador de latinha faz? Inventa uma falta no goleiro e anula o que seria o gol de empate, e aí a coisa ficou séria, pois os jogadores do Coritiba, que não tem sangue de barata, foram tirar satisfação e perguntar como alguém que está de costas vendo a bola, faz falta no goleiro, e o que o juiz fez? distribuiu amarelos e conseguiu irritar ainda mais a equipe do Coritiba. Para piorar a situação, logo no lance seguinte o “árbitro” acha um novo pênalti de Rafinha em cima do queridinho do Recife, que claramente se jogou na área e expulsa o melhor jogador da Série B.

Não dá prá entender de onde surgem essas figuras pitorescas que escalam para apitar os jogos, o Jaílson fazia tantos gestos para marcar ou deixar de marcar um lance que parecia um daqueles caras que ficam no aeroporto com duas bandeirinhas sinalizando, eu estava até com medo que ele tomasse as bandeirinhas dos auxiliares.

Não estou reclamando do árbitro apenas porque ele “operou” o Coxa, minha reclamação é pelo nível da arbitragem do Brasil, não quero que errem contra nós e também não quero preferências, quero apenas que o árbitro seja o que realmente deve ser, idôneo e imparcial, mas esse com certeza é o comentário mais utópico que já fiz aqui.

De bom deste jogo fica a motivação, luta, dedicação e futebol apresentado pela equipe do Coritiba que sempre jogou prá cima do adversário e mesmo com um jogador (importantíssimo) a menos obrigou o time da casa a permanecer com três zagueiros, porém, gostaria de registrar minha opinião sobre a falta de marcação no Mercenário Paraíba. Todo mundo sabe que se esse picareta não tiver alguém fungando no cangote dele o jogo todo ele toma conta e foi o que fez, a nova Lacráia do Leão esteve sempre muito a vontade para jogar e isso tinha que ser diferente.

Infelizmente agora não adianta chorar sobre o leite quente derramado, ainda estamos 4 pontos a frente do segundo colocado e a 10 do quinto, temos que retomar nosso caminho, aproveitar as duas partidas em casa e dar mais 6 passos rumo a Série A e ao título.

Saudações Sempre Alviverdes.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ARBITRAGEM

Quando resolvi escrever sobre o tema de hoje alguns amigos criticaram, outros criticaram muito e outros ainda queriam tentar arrancar o escudo do Coritiba que tenho tatuado nas costas, mas não tem jeito, sou cabeça dura e teimoso mesmo e, para mim, a lei tem que ser igual para todos. O assunto de hoje é arbitragem.

Um monte de gente resolveu me ligar ontem para falar que assistiu ao jogo do Coritiba e que só ganhamos porque o Vuaden não deu dois pênaltis claros para o Bragantino. Sinceramente, eu também teria dado os dois pênaltis e tem mais, não teria dado pênalti em cima do Marcos Aurélio, mas aí tem a máxima, pênalti roubado, desde que a favor do Coxa, não entra. E não deu outra, Leonardo bateu fraco e o goleiro pegou. Desse fato tiramos algumas conclusões:
a) Assim como nos Geraldinos e em todos os outros veículos de notícia do Coritiba, a turma do meio canil sempre nos prestigia. Não sei se é somente por inveja, para nos secar, ou apenas para ver futebol de qualidade, mas a verdade é que nosso IBOPE está sempre garantido.
b) Sempre erram contra nós. Quando erram a nosso favor devemos ser execrados? Por que não olham para os seus rabinhos antes de nos criticar? Afinal, não me esqueço da proteção do Prefeito e do Governador.

Não é segredo para ninguém que os árbitros do Brasil estão cada dia menos preparados. Também ninguém pode negar que muitos times sempre têm a arbitragem do seu lado e, por fim, todo mundo sabe que há muito árbitro que dá um jeito no resultado mesmo. Quem não se lembra da entrevista coletiva dada por Ricardo Teixeira em 2008 falando que o Flamengo não poderia ser rebaixado?

Infelizmente, o Coritiba nunca foi o clube pelo qual os árbitros do Brasil tivessem “simpatia”. Recordo-me de um árbitro que morava em uma casinha de cachorro perto da minha casa e que, em um poodleTIBA, chegou ao cúmulo de dar um gol de mão para o timeco de seu coração vagabundo. Um outro árbitro de Santa Catarina, não sei por qual motivo, nutria um ódio ou uma inveja tão grande pelo Coxa, que passou esse sentimento para seu filho, que por sua vez, durante toda a sua carreira seguiu os passos de seu pai e sempre errou muito nas partidas em que arbitrou. Coincidentemente, só errava contra nós.

Quem me conhece sabe que tenho um grupo de “árbitros” que eu chamo de engenheiros e arquitetos de resultados. São figurões que sempre prejudicam os times que se opõem ao eixo Rio-SP, entre estes, temos os arquitetos e um especial que eu “carinhosamente” chamo de o engenheiro, mas as únicas coisas que esses caras, arquitetam ou constroem são resultados. Com relação ao “engenheiro”, exite um fato interessante ligado a ele: em 2005 perdemos todas as partidas que ele apitou. Porém, em 2009, quando começamos a ganhar com ele soprando a latinha, misteriosamente tiraram ele da escala, digamos que apareceu outro responsável na obra... e olha que a construção já estava bem avançada, digamos que o esqueleto já estava todo montado. Agora me pergunto: porque ninguém erra contra Flacasso, curintia, etc?

Também é legal frisar que nas duas últimas “finais” que fizemos contra o time das terras baixas, eles forçaram muito para ter um protetor deles no apito, ou seja, queriam levar o caneco na marra, como tudo na (medíocre) história deles. Por sorte, colocaram um árbitro menos parcial e o caneco veio para o ÚNICO time grande do Paraná.

Somente para finalizar, o árbitro cor de rosa que eu comentei que era meu vizinho, tem um filho que já está apitando na segunda divisão do paranaense. Como filho de poodle, poodlezinho é. Não custa abrir o olho, certo?

Saudações Sempre Alviverdes.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CONTAGEM REGRESSIVA?

Essa semana uma campanha em prol de uma contagem regressiva (com contador oficial no Couto Pereira) para o retorno à primeira divisão criou corpo em alguns veículos de comunicação e sites de relacionamento. A idéia foi inteligentemente refutada por jornalistas e formadores de opinião mais sensatos, bem como por atletas, técnico e dirigentes do Coritiba, os quais julgam que essa atitude daria motivação extra aos adversários e poderia gerar uma sensação de relaxamento nos atletas.

A situação para mim é muito ambígua. Concordo com tudo o que foi dito e sou contra uma contagem regressiva oficial, mas estou fazendo a minha contagem particular. Com relação à questão dos pontos necessários para o retorno à elite do futebol brasileiro, existem algumas divergências. Alguns acham que o número mágico para o acesso é 61 pontos, outros, 68. Creio que com 65 pontos nosso objetivo primário seja alcançado, mas não discuto isso com ninguém, comento apenas com familiares e amigos, mas hoje resolvi dividir isso com o amigo leitor que acompanha e prestigia nosso querido Geraldinos.

Como não sou matemático, formei minha meta de 65 pontos com base no histórico abaixo:

CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B – 2009
1) VASCO DA GAMA 76
2) GUARANI 69
3) CEARÁ 68
4) ATLÉTICO GO 65
5) PORTUGUESA 62

CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B – 2008
1) CORINTHIANS 85
2) SANTO ANDRE 68
3) AVAI 67
4) BARUERI 63
5) PONTE PRETA 58

CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B – 2007
1) CORITIBA 69
2) IPATINGA 67
3) PORTUGUESA 63
4) VITORIA 59
5) FORTALEZA 56

CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B – 2006
1) ATLÉTICO MG 71
2) SPORT 64
3) NAUTICO 64
4) AMERICA RN 61
5) PAULISTA 61
*Em todos os campeonatos acima apenas os quatro primeiros foram promovidos à divisão de elite. Inseri o quinto colocado apenas para facilitar a visualização da diferença de pontos em cada ano.
O site de cálculo esportivo Chance de Gol (www.chancedegol.com.br) apresenta a seguinte opinião a respeito dos pontos necessários ao acesso e ao título:

Pontuação Final Conquista
do Título Promoção para
a Série A Rebaixamento
para a Série C
84 100.00 % 100.00 % 0.00 %
83 maior que 99.99 % 100.00 % 0.00 %
82 99.9 % 100.00 % 0.00 %
81 99.8 % 100.00 % 0.00 %
80 99.5 % 100.00 % 0.00 %
79 98.8 % 100.00 % 0.00 %
78 97.7 % maior que 99.99 % 0.00 %
77 95.4 % maior que 99.99 % 0.00 %
76 92.1 % maior que 99.99 % 0.00 %
75 87.2 % maior que 99.99 % 0.00 %
74 80.3 % maior que 99.99 % 0.00 %
73 70.5 % maior que 99.99 % 0.00 %
72 58.1 % maior que 99.99 % 0.00 %
71 43.2 % 99.98 % 0.00 %
70 28.7 % 99.96 % 0.00 %
69 16.1 % 99.8 % 0.00 %
68 7.5 % 98.9 % 0.00 %
67 3.0 % 96.3 % 0.00 %
66 0.8 % 90.1 % 0.00 %
65 0.2 % 78.3 % 0.00 %
64 0.02 % 60.6 % 0.00 %
63 menor que 0.01 % 40.4 % 0.00 %
62 menor que 0.01 % 22.4 % 0.00 %
61 menor que 0.01 % 10.4 % 0.00 %

Pode parecer absurdo, mas um pontinho a mais do que os 65 citados no início do texto aumentam nossas chances de acesso em quase 12% e três a mais do que o previsto inicialmente praticamente nos garantiriam de volta ao nosso devido lugar.

O mesmo site apresenta, conforme tabela abaixo, as chances de cada clube com relação à promoção para a Série A e conquista do título, lembrando que as informações são variáveis e alteram rodada a rodada, dependendo dos resultados e da combinação dos mesmos.

Time Conquista
do Título Promoção para
a Série A Rebaixamento
para a Série C
Coritiba 55.4 % 98.1 % menor que 0.01 %
Figueirense 34.0 % 95.8 % menor que 0.01 %
América MG 5.8 % 70.5 % menor que 0.01 %
Bahia 3.2 % 54.9 % menor que 0.01 %
Sport 0.9 % 30.8 % menor que 0.01 %
Portuguesa 0.5 % 28.3 % menor que 0.01 %
Ponte Preta 0.2 % 15.1 % menor que 0.01 %
São Caetano 0.02 % 3.8 % 0.2 %
Guaratinguetá 0.01 % 2.2 % 0.3 %
Duque de Caxias menor que 0.01 % 0.2 % 3.5 %
ASA menor que 0.01 % 0.1 % 7.0 %
Bragantino menor que 0.01 % 0.10 % 6.6 %
Paraná menor que 0.01 % 0.06 % 8.4 %
Náutico menor que 0.01 % 0.05 % 10.8 %
ICASA menor que 0.01 % 0.03 % 15.7 %
Santo André menor que 0.01 % menor que 0.01 % 37.0 %
Vila Nova GO menor que 0.01 % menor que 0.01 % 52.8 %
Brasiliense menor que 0.01 % menor que 0.01 % 72.1 %
Ipatinga menor que 0.01 % menor que 0.01 % 91.9 %
América RN menor que 0.01 % menor que 0.01 % 93.8 %

Teremos ainda a disputa de 12 partidas. Isso representa 36 pontos possíveis, metade deles serão disputados no Couto Pereira, deste modo, de acordo com os cálculos do site, vencendo apenas as partidas realizadas em nossos domínios, praticamente garantiríamos a volta para a Série A em 2011. Porém, como teremos partidas muito complicas como, por exemplo, com o Paraná e o Figueirense, vitórias fora de casa também serão necessárias.

Sinceramente, acredito no acesso, claro que vou sofrer a cada ponto e continuar contando até que a diferença para o quinto colocado seja o suficiente para não sermos mais alcançados, mas até lá muitas coisas ainda vão acontecer. Vamos rir e sofrer muito, pode apostar, afinal, nunca nada foi fácil para o Coritiba. Tudo tem que ser sofrido, na raça.

Saudações Sempre Alviverdes.