segunda-feira, 23 de agosto de 2010

UMA PARTIDA PARA ESQUECER?

Como vamos falar da derrota de sábado, acredito ser desnecessário qualquer tipo de introdução ao assunto. Qualquer Coxa Branca do mundo sabe da piaba que o Verdão tomou sábado do medíocre time do Ipatinga.

A partida de sábado começou bem para nós. O Coxa dominava amplamente a partida e estava na jugular do time mineiro, o gol era questão de tempo e não deu outra, depois de linda e clássica jogada de Dudu, Rafinha se livrou de três zagueiros e fuzilou para o gol. Nesse momento pensei: “beleza, minha previsão vai se concretizar e vamos conseguir mais três pontinhos”. Ledo engano, logo na seqüência, depois de mais uma falha bisonha da zaga do Coritiba, que jogou a partida inteira em linha, o time do Ipatinga empatou a partida. A partir daí, a situação ficou irreconhecível, o Coritiba abdicou de marcar e um tal de Walter Minhoca começou a tomar conta da partida, e não é que esse cara, mesmo com esse nome ridículo, joga bem? Para piorar, ele marcou um golaço de falta e virou o jogo para o time da casa.

Quando o primeiro tempo acabou pensei: “bom, ainda bem que acabou. Agora o Ney acerta esse time”. Mais um engano. O time até voltou com vontade, mas aos nove minutos, veio o golpe de misericórdia, e pior, na forma de fogo amigo. Ney Franco sacou Dudu e Angelo e colocou Ramon e Sandro. Sinceramente, não entendi essa. Angelo é peça nula no time, mas como não tinha outro... agora, tirar o Dudu, que vinha abrindo espaços na zaga do Ipatinga, foi um tiro no pé. Nem mesmo a entrada de Geraldo no lugar de Triguinho (que continua o mesmo, mas é melhor que Ângelo) arrumou a lambança, até porque, nesse momento já estávamos perdendo por 3x1. Ainda ia piorar. Marcos Paulo, o pior em campo (sim, conseguiu ser pior que Ângelo), fez um gol contra e, no fim da partida, um pênalti que foi muito bem cobrado por Alessandro, o artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B de 2007, marcando seu segundo gol na partida e o quinto do Ipatinga.

Não vou fazer terra arrasada, dizer que tudo está errado, que o time não presta etc. Isso não é verdade, não vou enterrar uma bela campanha por causa de um jogo, mas se não está tudo errado, também está longe de estar tudo certo. Marcos Paulo, depois da Copa, parou de jogar o belo futebol que apresentava e isso começa a explicar o porquê do interesse do Coritiba em Leo Gago. Sinceramente, não consigo entender o que o Ney pensou ontem quando sacou o Dudu, que para mim era o melhor da partida, precisando ganhar. Que tirasse o Marcos Paulo que já não vinha bem. Colocar o Marcos Paulo na lateral, no lugar do Ângelo, tudo bem, o Cegonhão vem treinando ali, mas para fazer isso, tinha primeiro que corrigir a zaga que, repito, jogava em linha, ou seja, passar o Marcos para a lateral enfraqueceu ainda mais o setor defensivo. Aí o leitor me diz, tá bom seu corneta, palpiteiro, mas o que você faria então? Eu simplesmente sacaria o Triguinho e colocaria o Cleiton, abriria o Dudu e jogava o time para cima do Ipatinga e, se não desse certo, mais para a metade do segundo tempo, sacaria o Ângelo e colocaria o Renatinho no jogo. Queria ver se a mineirada ia segurar a nossa locomotiva.

Fim de jogo, Coritiba toma uma surra e vêm as entrevistas, blá, blá, blá, próximo jogo, futebol tem que ter respeito, blá, blá, blá, temos que esquecer essa partida... ESQUECER ESSA PARTIDA? ESQUECER ESSA PARTIDA PORCARIA NENHUMA. Essa partida tem que ser lembrada todos os dias. O Coritiba foi HUMILHADO por um time que era vice lanterna na Série B e estava mais fácil o Coritiba tomar mais quatro gols do que fazer um. Chegou um momento em que eu fui verificar se o Betinho ainda estava em campo, porque simplesmente não ouvia o nome do cara. Perdemos para um time que tem Leo Mineiro como titular e que conseguiu assustar por mais de uma vez nossa zaga. NÃO TEM QUE ESQUECER NADA, até porque se esquecer, amanhã faz novamente. Não adianta ficar a semana toda falando em respeito e na hora do jogo, entrar em campo de salto Luis XV. Isso é para outro time da capital. Essa derrota tem que ser lembrada todos os dias, como uma cicatriz no rosto, para que cada vez que nos olhemos no espelho nos lembremos da razão dela estar lá. Precisa funcionar da mesma maneira como se ensina a uma criança a não colocar a mão no fogo. Se fizer uma vez, não faz nunca mais. Simples assim.

Não se engane, amigo leitor, com o time do Duque de Caxias, que até rodada passada estava na zona de rebaixamento. Apesar de quase terem perdido para o bom time do Figueirense, nosso adversário na 17ª rodada tem um bom time, está se acertando e tem em Somália uma excelente referência de ataque.

Diretoria, não tem jeito, são necessários dois laterais e ao menos mais um atacante de referência. A hora de investir e corrigir é agora; Depois pode ser tarde demais e nos custar muito caro.

SUBIR É OBRIGAÇÃO, O RESTO É BÔNUS.

Saudações Sempre Alviverdes.

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