sábado, 25 de setembro de 2010
PAPO DE BOLEIRO - MARCEL
A idéia de fazer uma entrevista com um jogador ou ex jogador do Coritiba vinha martelando em minha cabeça a algum tempo e um encontro casual em um restaurante de Santos, foi o estopim para que esse projeto pudesse se concretizar. Hoje, o site Os Geraldinos.com, em parceria com o Consulado Oficial do Coritiba em Santos, apresenta uma entrevista com um ex jogador do Coxa, mas ainda ídolo de grande parte da torcida Alviverde.
Artilheiro do Coritiba no Campeonato Paranaense de 2003 (conquistado de maneira invicta) e artilheiro do Coritiba na histórica campanha do Campeonato Brasileiro de 2004, onde seus gols nos ajudaram a alcançar a 5ª colocação, nos credenciando a participar da Copa Libertadores da América de 2004, Marcel falou com exclusividade sobre o início de sua carreira, atual momento e sonhos para o futuro, confiram abaixo a entrevista na íntegra.
E aí Marcel, como está a vida aqui em Santos?
Para mim está sendo importante viver em Santos, principalmente pelo momento em que a equipe se encontra nesse ano. A equipe já conseguiu ganhar dois títulos e estamos na disputa também do Campeonato Brasileiro. Para mim, está sendo um momento especial na minha vida e na minha carreira e espero que possa dar seqüência até o fim do Campeonato Brasileiro.
A família já se adaptou a morar aqui?
Já está adaptada sim. A gente chegou aqui em janeiro. Santos é uma cidade que tem uma qualidade de vida muito boa.
Você saiu de Mirassol e chegou ao Coritiba com 17 anos, e como jogador de futebol, as mudanças de cidade se tornam algo normal, não?
Sim, cheguei ao Coritiba com 17 anos e fiz meu primeiro jogo como profissional com 18 anos. O treinador na época era o Lory Sandri, e logo no meu segundo jogo pude fazer meu primeiro gol como profissional.
Sim, eu estava lá, foi em um jogo contra o Paraná Clube, acabamos perdendo aquele jogo por 2x1.
Exatamente, e foi aí que tudo começou até eu me firmar, em 2002/2003.
Em 2003, quando você entrou e realmente arrebentou dentro do Coritiba, o Marco Brito havia sido contratado para ser o centroavante titular, só que o Marco Brito chegou fora de forma e, na primeira partida, o Marcel já marcou logo duas vezes (nessa partida o Marco Brito entrou no meio do segundo tempo e também marcou 1 gol). Na segunda partida, você marcou outro gol, na terceira mais um e assim foi. Quando o Marco Brito finalmente entrou em forma, o próprio treinador falou que não poderia sacar o Marcel do time, porque ele já era o artilheiro do time, do campeonato e vinha jogando bem. Quão importante foi essa estréia para a tua carreira hoje?
Isso realmente marcou na minha carreira. O treinador na época era o Bonamigo e ele me deu confiança. No primeiro jogo do Campeonato Paranaense, fiz dois gols e tive confiança para a seqüência. Com isso a torcida já começou a ter carinho por mim por eu ser da casa e estar fazendo gols. Eu tenho um carinho muito grande pela torcida do Coritiba, sempre acompanho e estou na torcida para que o Coritiba suba para a primeira divisão. O Coritiba é um time enorme, com uma torcida enorme e merece estar sempre na primeira divisão. Essa época da minha vida foi muito boa e muito importante para a minha carreira.
Também não foi difícil para a torcida gostar de você, afinal, estava fazendo gols e passou somente um clássico em branco. Inclusive, em uma oportunidade contra o Paraná Clube, você saiu do banco e a gente virou o jogo. Assim ficou fácil para cair nos braços da torcida.
É verdade, ainda mais para um centroavante como eu, um centroavante de área. A gente vive disso, de fazer gols e Deus me abençoou muito naquela época em sempre estar fazendo gols. Graças a Deus sempre tenho muita sorte em clássicos. Aqui também no Santos eu fiz contra o Corinthians, contra o Palmeiras, sempre que tem clássico eu sou abençoado e faço gols e agora é dar seqüência na carreira. Estou vindo de uma lesão do ano passado e graças a Deus estou recuperado para dar seqüência em minha carreira.
Aproveitando um gancho da tua resposta: você se intitulou um centroavante de área, o que eu concordo plenamente, porém, na época do Coritiba o Marcel era um centroavante bem de área, bem trombador, era um atleta extremamente fixo. Hoje, tenho reparado que você mudou um pouco teu modo de jogar, tem saído mais da área. Lembro bem de um passe que você deu para outro atleta invadir a área e marcar pela Copa do Brasil. Aquilo foi quase um lançamento, o que não é comum para um centroavante de área. Tenho reparado que hoje você sai mais da área, se apresenta mais para dar opção de jogada. Hoje você segue como um matador de área, mas também sabe jogar fora da área, o que com certeza é um avanço técnico e profissional. Como ocorreu essa progressão?
No começo, principalmente na época do Coritiba, o Bonamigo tentou tirar de mim o que eu tinha de melhor no momento, que era a finalização, a força dentro da área para disputar e proteger as bolas e ele conseguiu isso de mim naquela época, mas também com o decorrer do tempo, com a passagem na Europa, eu pude trabalhar com vários treinadores e eu fui pegando outro tipo de estilo, de sair da área, de tabelar mais, um pouco mais de técnica para passe e enfiada de bola, pensamento mais rápido, porque o futebol na Europa é jogado com mais velocidade e te faz pensar o jogo mais rápido e isso eu fui ganhando com o tempo. Hoje, me sinto um jogador mais completo pelo fato da experiência que adquiri na Europa e no futebol e isso só tem a ajudar, Eu quero evoluir sempre para, nos clubes onde eu estiver, poder conquistar títulos e jogar bem.
Sobre a sua passagem no exterior: você saiu do Coritiba e foi para a Coréia, para o Suwon, onde teve uma passagem muito boa, o que acabou chamando a atenção do clube com maior número de sócios do mundo, o Benfica. Um clube que para Portugal quando joga e que teve que fazer uma grande campanha contra a caça de águias, pois todos os torcedores queriam ter uma águia empalhada em casa. Comente com a gente sobre tua passagem lá, pois o Benfica é um clube complicado de jogar e, em minha opinião, as coisas não saíram 100% como você gostaria. O que você acha que poderia ter mudado, como você analisa tua passagem lá?
Primeiro, quando eu saí do Coritiba para a Coréia, eu fui novo, mas dentro de campo tudo correu bem.
Sim, lá você foi ídolo da torcida.
Exatamente, fui artilheiro e campeão, mas para mim estava difícil de ficar no país, de viver. Tinha o fator alimentação, tudo era difícil, principalmente pelo fato de eu ser muito novo.
Você já era casado na época?
Ainda não era casado, mas já estava com minha esposa e ela estava comigo lá e era difícil para a gente, pelo fato de sermos muito novos. Recebi a proposta de um investidor português, um empresário que gostaria de comprar meu passe e eu vi a possibilidade de sair da Coréia, onde eu não queria mais ficar. Foi quando esse empresário comprou meu passe, me colocou na Acadêmica de Coimbra, que é um time pequeno de Portugal, onde eu pude em uma temporada fazer 14 gols e foi onde despertou o interesse do Benfica, que me comprou por 3 ou 4 milhões de Euros. No Benfica é como você disse: é um clube complicado. Eles não têm paciência com o jogador. Você tem que chegar e já arrebentar, pois se você não for bem, eles não têm paciência, então, acho que faltou tempo no Benfica. Eu fiquei lá 8 meses, sendo que eu tinha um contrato de 4 anos. Eles não me deram tempo de adaptação. Entendo que um clube com aquela dimensão até procure outra alternativa, mas para mim ficou o sentimento de que não me deram tempo para mostrar meu futebol.
Depois do Benfica você foi para o Braga, e ali você pôde jogar melhor.
Sim, no Braga eu pude jogar bem, fazer gols, a gente disputou e teve boas participações na copa da UEFA e no Campeonato Português e, depois do Braga, eu tive meu retorno ao Brasil pelo São Paulo, Grêmio. No Grêmio, em 2008, eu até tenho uma recordação de que fiz um gol no Couto Pereira depois de uma cobrança de falta do Tcheco. A torcida até não entendeu naquele dia, mas eu estava defendendo o Grêmio e, dentro da carreira, a gente conversando, acaba se lembrando, mas eu espero um dia poder voltar a jogar e fazer gols pelo Coritiba.
Sobre a sua passagem pelo São Paulo: o São Paulo é especialista em esconder jogador, inclusive eu acho que, se não fosse por isso, esse ano eles estariam bem melhores, mas também tem a questão do elenco, o qual nos últimos anos tem sido muito qualificado e grande.
No São Paulo tem muitos jogadores de qualidade que acabam não tendo a oportunidade de jogar. Até o próprio Rodrigo Souto, que estava aqui no Santos arrebentando, está passando dificuldade no São Paulo. Tem coisas no futebol que a gente não entende, como por exemplo, porque alguns jogadores dão certo em alguns clubes e em outros não. Eu acho que os clubes, principalmente do Rio e de São Paulo, principalmente pela mídia, deviam ter um pouco mais de paciência com os jogadores do elenco.
No Coritiba, em 2003, o time tinha uma jogada montada para você que, na minha opinião, ficou muito manjada, mas que ninguém marcava. O Edu Sales cruzava e você vinha de trás e marcava de cabeça, ou senão, após cobrança de escanteio, alguém escorava para trás e você fazia o gol. No Grêmio, em 2008, você teve uma boa passagem, estava fazendo gols lá, principalmente com os passes do Tcheco, que já tinha jogado contigo no Coritiba. Onde você se sentia mais a vontade, mais confortável? A diferença de postura das equipes era indiferente?
Isso fica a cargo do momento, pois já havia entrosamento com o Tcheco. A gente já se conhecia muito bem e com o Edu Sales deu muito certo devido à velocidade que ele tinha, sem contar que ele é um jogador muito inteligente, então, quando você está em um clube onde tudo se encaixa, as coisas (jogadas e gols) começam a sair mais naturalmente e foi isso que aconteceu nessas épocas.
Onde você sentia maior rivalidade, em Porto Alegre ou Curitiba?
É mais ou menos parecido, pois como o Paraná Clube já está há algum tempo mais abaixo, a disputa fica entre Coritiba e Atlético, mas em Porto Alegre realmente por ser uma capital que parece ser menor, a rivalidade parece ser maior. Só se fala de futebol, só se fala de Inter e Grêmio, então, para mim uma das maiores rivalidades do país está lá.
E o seu momento atual? Hoje você não está como titular no Santos, porém, o Dorival Jr. tem várias opções para o ataque. Hoje ele pode contar contigo, com o Keirrison, Zé Eduardo, Madson e Neymar. Infelizmente o Ganso se machucou, o que é uma pena para quem gosta de futebol. No entanto, hoje tua equipe tem o Neymar, o Zé Eduardo em bom momento, o Keirrison que chegou com status de titular, mas chegou fora de forma e sem ritmo, e está se recuperando aos poucos, e tem o Marcel que está sempre entrado e tem feito gols, marcou contra o Avaí e contra o Flamengo. O Vuaden (árbitro da partida) viu perigo de gol e anulou o gol que daria a vitória para a sua equipe atual. Como você vê o momento atual, você sente que esse é o melhor momento na sua carreira até agora?
Ainda penso que posso melhorar. Aqui no Santos sempre que fiz gols foi entrando no decorrer das partidas, aproveitando as oportunidades. Ainda não tive a chance de jogar várias partidas como titular, então, estou buscando isso. É claro que é uma equipe grande, com jogadores de qualidade. Aqui dentro nossa equipe é muito forte, então, a gente tem que respeitar também os companheiros, a decisão do treinador. O importante para mim é ser útil à equipe e aqui no Santos eu tenho sido útil. Tenho conseguido entrar, fazer os gols e isso me deixa satisfeito. É claro que eu sempre vou procurar ser titular e creio que no futuro próximo eu possa conquistar isso. Falando do jogo contra o Flamengo, como você comentou, a gente conseguiu melhorar no segundo tempo, equilibramos o jogo. O árbitro erra e o jogador também pode errar. Futebol é bom por isso, não é uma ciência exata, e é por isso que é tão emocionante.
Como é estar jogando de centroavante sendo municiado por caras como Marquinhos, que está em excelente fase, Arouca, que está jogando mais que nunca, e o Neymar?
Para mim está sendo prazeroso demais jogar. A equipe está conseguindo encantar o Brasil. Claro que com a saída de alguns jogadores, o treinador vem buscando encontrar outras formar de jogar, mas todos os jogadores que foram citados têm muita qualidade. Além disso, a gente tem um ambiente muito bom e isso ajuda bastante, e eu quero estar pronto para as oportunidades que o time criar e fazer os gols lá na frente, sempre que for municiado.
E com a torcida, como você está? A torcida te para na rua para conversar e pedir gols?
Graças a Deus eu pude conquistar a confiança da torcida aqui também. É uma torcida difícil, pois estão acostumados a terem sempre grandes jogadores. Eles cobram muito um futebol bonito, mas pelos gols que eu venho fazendo, a torcida confia que, sempre que eu entrar, farei gol. Sempre que encontro um torcedor na rua ele me dá apoio e isso me deixa muito satisfeito e feliz.
Como torcedor do Coritiba e amante de futebol, eu tenho reparado que você não tem mais cobrado faltas, coisa que estava fazendo muito bem quando saiu do Coritiba, sempre no melhor estilo tijolada. O que houve?
Realmente, a gente até comenta isso nos treinamentos. O pessoal sempre lembra, mas aqui no Santos, quando o Ganso estava jogando as faltas mais próximas da área, ficavam para ele e para o Marquinhos. Para eu bater, a falta tem que ser um pouco mais distante. Eu tenho treinado isso no dia a dia, mas ainda não tive a oportunidade, mas eu vou continuar treinando isso para que, na hora eu que eu tenha a oportunidade de cobrar, eu possa fazer gols de falta aqui também.
O Dorival também já deixou claro que deverá designar um novo batedor de pênaltis. Aqui no Coritiba, você também tinha o costume de mandar uma tijolo para o gol, não dando chance para o goleiro. Está à disposição para essa responsabilidade também?
Com certeza. Eu venho treinando a cobrança de penalidades diariamente e tenho um bom aproveitamento tanto em treino quanto em jogos e se ele optar por mim para bater, vou assumir isso, mas a gente tem outros jogadores de qualidade no time. O Neymar também tem a nossa confiança. Não é porque perdeu que vai deixar de bater. A gente é um grupo, então tem que levantar a cabeça e dar seqüência ao campeonato.
Como você vê a possibilidade de voltar para o Coritiba? Esse retorno já foi ventilado algumas vezes, mas ainda não se concretizou. Qual a sua opinião sobre isso?
Sempre passa isso pela minha cabeça, eu não sei se é por ter sido criado na base do Coritiba, fiquei 5 ou 6 anos no clube, meu carinho pelo Coritiba não vai acabar nunca, eu não vou ficar satisfeito na minha carreira se eu não voltar a jogar lá, mas eu quero voltar podendo jogar em alto nível, não quero jogar para encerrar a carreira ou coisa assim. Quero voltar para jogar bem e dar alegrias para o torcedor. Eu sei que quando eu saí deixei uma imagem muito boa, pois tinha dado muitas alegrias para o torcedor e eu quero buscar isso novamente dentro do Coritiba, por ser o clube que me proporcionou tudo dentro da minha carreira. Eu tenho contrato com o Santos até dezembro. Não sei se vou permanecer aqui, e se eu não permanecer aqui, tenho uma vontade muito grande de voltar para o Coritiba e, se isso acontecer, vou ficar muito feliz.
Quando jogou pelo Coritiba, você chegou a jogar pela Seleção Brasileira junto com o Adriano (lateral esquerdo, atualmente no Barcelona), certo?
Sim. Eu fazia dupla de ataque com o Robinho. Foi uma época de muita felicidade. Aquele time tinha jogadores de muita qualidade: Diego, Robinho, Adriano (ex-Coxa), Dagoberto, Alex (zagueiro do Chelsea), Maicon, Daniel Alves, Nilmar. Era um time que só tinha jogador bom e eu fazendo parte daquele grupo, me sentia muito honrado. Para mim, foi muito boa aquela época.
Eu me lembro de você metendo uns golzinhos por lá também.
Isso. Naquele pré-olímpico, em 7 jogos eu fiz 4 gols. Fui artilheiro do torneio junto com o Robinho. Isso foi muito bom.
Qual o seu sonho profissional hoje?
Olha, eu já conquistei alguns títulos na minha carreira, já fui Campeão em vários estados, da Copa do Brasil agora. Participei do Campeonato Brasileiro pelo São Paulo em 2007, onde fomos campeões, e eu tive participação nesse título, então, na questão de títulos, eu conquistei bastante, mas um sonho que eu tenho é de voltar a jogar no Coritiba, de ser novamente artilheiro lá, de dar alegrias novamente à torcida do Coritiba. Eu fiquei muito triste quando o Coritiba caiu novamente essa última vez e teve aquela confusão toda dentro do estádio e do clube não poder jogar no Couto, mas esse tempo já está passando, o Coritiba vai poder voltar a jogar novamente no Couto Pereira e com certeza vai subir. Um sonho que eu tenho é de poder voltar ao Coritiba e poder dar alegria ao torcedor.
Sonha em voltar para a Europa também?
Eu já vou fazer 29 anos. Não sei se volto para a Europa ou não. Claro que a gente nunca pode fechar as portas para nada. Se houver alguma proposta interessante eu vou pensar. O futuro está nas mãos de Deus e eu vou continuar fazendo o meu trabalho.
Durante o papo, eu reparei que na sua canela há uma cicatriz aparentemente bem recente. O que aconteceu aí?
Ah, isso foi uma entrada no jogo contra o Fluminense que o zagueiro pegou por cima da caneleira e acabou fazendo um corte na minha canela, mas já está cicatrizado. Se eu for marcar o tanto de pancada que eu levo por jogo... Ontem (05/09) mesmo eu dei uma cabeçada no Correia, que foi até perigoso, machucou a cabeça dele, mas como futebol é um esporte de muito contato, a gente sempre corre esse risco.
Centroavante que não tem medo de cara feia de zagueiro tem esse revés, tem que ser parado de algum jeito.
É verdade. E tenho um estilo de jogo onde eu me entrego muito em campo e a todo o momento levo bastante pancada e às vezes também a gente bate também, mas sempre com lealdade e buscando fazer gols, que é o que eu sei fazer.
Eu em nome do Geraldinos.com e do Consulado do Coritiba, gostaria de agradecer ao Marcel pela oportunidade, o atleta se mostrou SEMPRE extremamente cortês, educado e solícito com o projeto da entrevista e colaborou com o máximo que pode de seu tempo para que a entrevista se realizasse.
Ao Marcel meu muito obrigado e espero poder vê-lo em breve vestindo novamente a camisa 9 do Coxa.
Saudações Sempre Alviverdes.
DESPEDIDA EM ALTO ESTILO
O Coritiba vai a Joinville nesta quarta-feira buscando somar mais três pontos na competição, se manter no G4 e retornar à primeira divisão no ano que vem.
A partida de hoje marca o fim de nossa punição, sim, este será o décimo e último jogo de nossa pena, imposta pelo totalmente parcial e tendencioso STJD e como dia 8 de setembro também é feriado em Curitiba, um bom número de torcedores é esperado na Manchester catarinense, todos sedentos por uma boa apresentação e vitória do Coxa frente ao perigoso time do Náutico, quinto colocado na competição com 31 pontos, somente dois a menos que o Coxa.
Para a partida de abertura do returno, novamente teremos mudanças no time esmeraldino, Edson Bastos, Leandro Donizete e Dudu, seguem no departamento médico, Marcos Paulo recebeu o terceiro cartão amarelo e Marcos Aurélio será poupado. Desta forma, buscando segurar o perigoso ataque do time do Náutico, o qual que deverá ser formado pelo hábil Erick Flores e pelos perigosos Evando e Geílson, Ney Franco deverá mandar a campo, um time montado no esquema 3-5-2 com Cleiton completando a defesa ao lado de Jeci e Pereira, outras novidades serão as entradas de Fabinho Capixaba no lugar de Ângelo, Dênis no lugar de Lucas Mendes e Leonardo no lugar de Betinho.
O esquema adotado tem como função, tentar neutralizar ou minimizar as falhas que vem ocorrendo na defesa, que novamente voltou a jogar em linha na partida contra o Guaratinguetá, reforçar o meio de campo e fazer que com isso a bola chegue com qualidade ao ataque, na teoria uma bola solução, mas se na prática a vontade de vencer e a raça apresentados no inicio do primeiro turno não estiverem presentes, não deverá apresentar o resultado esperado.
Em minha opinião, os concorrentes “pegaram a manha” do Coritiba, isso explicaria o porquê de a marcação ter se tornado tão mais eficiente e cabe ao técnico Ney Franco reverter isso, bem como, cabe aos jogadores, fugirem desse ferrolho e buscarem dar opção aos companheiros de frente. Da mesma forma, os jogadores não podem se deixar levar pela expectativa da torcida em voltar para casa, pois antes desse retorno teremos 2 jogos pela frente (Náutico e América-MG), ou seja, mais 6 pontos importantíssimos em disputa.
Mesmo, com um retrospecto recente muito ruim dentro do campeonato (4 derrotas em 6 jogos) a maravilhosa torcida Alviverde se fará presente no estádio, empurrando o Coxa prá cima do timbu, em busca de uma boa apresentação e vitória do time da “casa”, para somar mais três pontos que são fundamentais em nossa contagem regressiva rumo ao retorno à Série A, que é nosso lugar.
Saudações Sempre Alviverdes.
A partida de hoje marca o fim de nossa punição, sim, este será o décimo e último jogo de nossa pena, imposta pelo totalmente parcial e tendencioso STJD e como dia 8 de setembro também é feriado em Curitiba, um bom número de torcedores é esperado na Manchester catarinense, todos sedentos por uma boa apresentação e vitória do Coxa frente ao perigoso time do Náutico, quinto colocado na competição com 31 pontos, somente dois a menos que o Coxa.
Para a partida de abertura do returno, novamente teremos mudanças no time esmeraldino, Edson Bastos, Leandro Donizete e Dudu, seguem no departamento médico, Marcos Paulo recebeu o terceiro cartão amarelo e Marcos Aurélio será poupado. Desta forma, buscando segurar o perigoso ataque do time do Náutico, o qual que deverá ser formado pelo hábil Erick Flores e pelos perigosos Evando e Geílson, Ney Franco deverá mandar a campo, um time montado no esquema 3-5-2 com Cleiton completando a defesa ao lado de Jeci e Pereira, outras novidades serão as entradas de Fabinho Capixaba no lugar de Ângelo, Dênis no lugar de Lucas Mendes e Leonardo no lugar de Betinho.
O esquema adotado tem como função, tentar neutralizar ou minimizar as falhas que vem ocorrendo na defesa, que novamente voltou a jogar em linha na partida contra o Guaratinguetá, reforçar o meio de campo e fazer que com isso a bola chegue com qualidade ao ataque, na teoria uma bola solução, mas se na prática a vontade de vencer e a raça apresentados no inicio do primeiro turno não estiverem presentes, não deverá apresentar o resultado esperado.
Em minha opinião, os concorrentes “pegaram a manha” do Coritiba, isso explicaria o porquê de a marcação ter se tornado tão mais eficiente e cabe ao técnico Ney Franco reverter isso, bem como, cabe aos jogadores, fugirem desse ferrolho e buscarem dar opção aos companheiros de frente. Da mesma forma, os jogadores não podem se deixar levar pela expectativa da torcida em voltar para casa, pois antes desse retorno teremos 2 jogos pela frente (Náutico e América-MG), ou seja, mais 6 pontos importantíssimos em disputa.
Mesmo, com um retrospecto recente muito ruim dentro do campeonato (4 derrotas em 6 jogos) a maravilhosa torcida Alviverde se fará presente no estádio, empurrando o Coxa prá cima do timbu, em busca de uma boa apresentação e vitória do time da “casa”, para somar mais três pontos que são fundamentais em nossa contagem regressiva rumo ao retorno à Série A, que é nosso lugar.
Saudações Sempre Alviverdes.
FIM DO PRIMEIRO TURNO
Fim de primeiro turno, o Coritiba fecha a primeira parte do campeonato na terceira posição e alcança a terceira opção da meta, finalizando o turno dentro do G4 com 33 pontos, três atrás do primeiro colocado e dois atrás do segundo.
Dentro das metas traçadas pela equipe de gestores do Glorioso, duas foram abandonadas pelo caminho, sendo elas: fechar o primeiro turno com 40 pontos, e depois fechar primeiro turno na primeira colocação.
A diferença de pontos para o primeiro colocado pode deixar o torcedor mais desavisado tranqüilo e confiante para o acesso deste ano, porém, analisando friamente o histórico dos jogos do Coritiba, ao menos eu fico preocupado, visto que nas últimas seis partidas perdemos quatro e ganhamos duas. Se não bastasse isso, devemos recordar que duas das partidas em que fomos derrotados foram para Ipatinga e Duque de Caxias, dois times que estavam firmes e fortes na Z4.
Alcançar 33 pontos significa que, no meio do campeonato, pontuamos metade do necessário para voltar à Série A, porém, prevejo um segundo turno muito mais difícil que o primeiro, ou seja, teremos que reforçar o elenco em algumas peças e jogar muito mais bola nesta segunda etapa do campeonato.
Para melhorar nosso cenário, dia 18 estaremos de volta à nossa casa, com isso, o time ganha um 12º jogador, pois a torcida com certeza empurrará o Verdão para cima de todos que pisarem no Alto da Glória para tentar nos enfrentar. No entanto, queremos um time para levar no colo, e não para carregar nas costas.
EM 2010 SUBIR É OBRIGAÇÃO
Saudações Sempre Alviverdes.
Dentro das metas traçadas pela equipe de gestores do Glorioso, duas foram abandonadas pelo caminho, sendo elas: fechar o primeiro turno com 40 pontos, e depois fechar primeiro turno na primeira colocação.
A diferença de pontos para o primeiro colocado pode deixar o torcedor mais desavisado tranqüilo e confiante para o acesso deste ano, porém, analisando friamente o histórico dos jogos do Coritiba, ao menos eu fico preocupado, visto que nas últimas seis partidas perdemos quatro e ganhamos duas. Se não bastasse isso, devemos recordar que duas das partidas em que fomos derrotados foram para Ipatinga e Duque de Caxias, dois times que estavam firmes e fortes na Z4.
Alcançar 33 pontos significa que, no meio do campeonato, pontuamos metade do necessário para voltar à Série A, porém, prevejo um segundo turno muito mais difícil que o primeiro, ou seja, teremos que reforçar o elenco em algumas peças e jogar muito mais bola nesta segunda etapa do campeonato.
Para melhorar nosso cenário, dia 18 estaremos de volta à nossa casa, com isso, o time ganha um 12º jogador, pois a torcida com certeza empurrará o Verdão para cima de todos que pisarem no Alto da Glória para tentar nos enfrentar. No entanto, queremos um time para levar no colo, e não para carregar nas costas.
EM 2010 SUBIR É OBRIGAÇÃO
Saudações Sempre Alviverdes.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
COM DIREITO A "OLÉ"
Com direito a grito de olé da torcida que compareceu ao estádio, o time do Figueirense venceu a partida do último sábado, chegou aos 34 pontos e se isolou na liderança da Série B. O Coritiba caiu para a quarta posição, com 30 trinta pontos, apenas um ponto à frente do quinto colocado e a dois pontos do oitavo.
Infelizmente, essa é a maneira pela qual tenho que descrever a quarta derrota do Coritiba em 5 partidas (a terceira seguida). O técnico Ney Franco mandou a campo um time mais fechado, com Sandro, Andrade e Leo Gago nos lugares de Dudu, Marcos Paulo e Leandro Donizete. Sinceramente, não entendo a razão pela qual Ney sacou Dudu. Ele vinha sendo uma de nossas únicas chances de ter algo realmente ofensivo. Leandro Donizete estava lesionado, Marcos Paulo não vinha bem. Essas mudanças, até compreendo, mas não consigo aceitar a preferência por Sandro ao invés de Enrico e a presença de Dudu no banco.
Ney disse durante a semana que precisava de um esquema novo e, ao meu ver, entrou para empatar. Como quem joga para empatar perde... O castigo até que demorou. O primeiro gol do time catarinense veio somente aos 42 minutos do primeiro tempo, após uma cobrança de escanteio e falha bisonha na marcação de Betinho. Este, aliás, foi outra peça nula em campo. Até tomar esse gol, o Coritiba já tinha escapado de uns 3. Se não fosse pela sorte, o placar do primeiro tempo seria muito mais elástico.
Veio o segundo tempo e o Coritiba volta com Marcos Paulo no lugar de Leo Gago e Dudu no lugar de Betinho. Com isso, o time melhorou, estava na jugular do Figueirense, parecia que ia empatar, mas tinha um problema: Não conseguia transformar o domínio em gols e os chutes surgiam sem perigo. No entanto, o Coritiba chutou mais nos 18 minutos em que Dudu esteve em campo (8 chutes) do que no primeiro tempo inteiro (2 chutes). Quando eu estava começando a ficar esperançoso, Dudu chuta ao gol e quando cai, torce o pé. Como o Ney não tinha levado o Renatinho, pois preferiu o Thiago Real (outro que poderia ser emprestado), teve que colocar o Enrico. Com essa mudança, o jogo ficou mais morno. Marcos Aurélio e Rafinha estavam muito marcados e o primeiro não conseguia se livrar do marcador, mas inegavelmente o time estava melhor que na etapa inicial. Infelizmente, em mais uma jogada em cima da fraca zaga do Coritiba, que continua jogando em linha, surge o segundo gol do Figueirense.
Dessa derrota, algumas conclusões e atitudes têm que ser comentadas:
1) O banco fez bem para Marcos Paulo que voltou a jogar bem e chutar a gol.
2) A ZAGA NÃO PODE JOGAR EM LINHA. MINHA IRMÃ E MINHA NAMORADA SABEM DISSO, SERÁ QUE O NEY NÃO ENXERGA? Ainda mais se a zaga que fica em linha é formada por Triguinho, Angelo, Jeci e Pereira.
3) Triguinho não pode jogar no Coritiba. Eu fui um entusiasta da contratação do lateral, mas infelizmente não tem como ele jogar aqui. Aos quinze minutos de jogo, Triguinho tinha dado 4 passes, TODOS errados. Pelo menos não jogará a próxima partida.
4) Angelo não é jogador de futebol. Ele pode largar a profissão ou ir jogar no time das terras baixas, no Coxa não, pelo amor de Deus. Coloca um cone no lugar dele que ao menos alguém pode efetuar uma tabela. Infelizmente, não é mais o jogador que teve boas passagens no interior do Paraná e nos Coloridos, ou seja, típico jogador de time pequeno.
5) Pereira e Jeci não podem jogar juntos, com esquema 4-4-2. A zaga fica lenta. Isso era camuflado no Campeonato Paranaense por causa do fraco nível da competição e das boas apresentações de Demerson. Para eles jogarem juntos, tem que ser em 3-5-2, de preferência com o Cleiton.
6) Betinho não é jogador para o Coritiba. O leitor pode até defender o atleta, dizer que a bola não chega. O problema é que quando a bola chega, o cara consegue fazer falta de ataque. Nunca tinha visto um cara conseguir isso com tanta “competência”.
7) Ney Franco tirou do time os jogadores errados. Dudu não podia sair do time. Se for para tirar o Marcos Paulo para colocar o Sandro, então deixe o “Cegonhão” em campo. Quem tinha que sair não saiu. Por que continuamos com Pereira e Jeci se temos o Cleiton no banco? Será que mais ninguém viu o Campeonato Paulista desse ano? Ou será que é porque o Pereira é figurão? No futebol tem que jogar quem está melhor, então saque o Pereira do time.
Após ler tudo isso o leitor me pergunta:
- João, você acredita que o Coxa sobe?
- Acredito sim.
- Acredita que podemos ser campeões?
- Acredito sim.
- A gente sobe com esse time?
- Não acredito.
Não acredito e não é de hoje. Faz tempo que venho criticando o elenco, principalmente a zaga. Será que a diretoria não percebe que com esse time entramos com, no mínimo, dois a menos em campo? Não tem como negar que o Coritiba precisa de dois laterais e um atacante. Não podemos esperar pelo Bill. O cara não vinha bem, quebrou a perna, está afastado desde 21 de maio. Quando voltar, precisará de um período para recuperar a confiança. Isso levará mais ou menos um mês. Até lá, o campeonato já era.
Ainda não terminei de reclamar não. Agora o alvo é o Ximenes. No dia 24 de agosto, após a derrota para o Duque de Caxias, o Coordenador de Futebol do Coritiba disparou: “Perdemos a liderança e o Duque de Caxias poderia até fazer mais e cabe ao treinador encontrar as soluções, mas temos que lembrar que o campeonato segue”. Já na sexta-feira, o mesmo indivíduo disse que esperava uma resposta técnica e tática para o jogo contra o Figueirense. Maravilha! Concordo com ele, mas primeiro o treinador precisa de um elenco descente. Com Angelo, Triguinho, Sandro, Betinho, Ramon, Andrade e Jefferson não dá. Antes de criticar e apontar o dedo, Sr. Ximenes, lembre-se que cada um deve fazer sua parte. Porque o senhor não faz a sua e traz dois laterais e um “fazedor de gols”? Ser pedra é fácil, difícil é ser vidraça. O Ney tem sim sua parcela de culpa. A zaga segue em linha e o treinador parece que não percebe, mas repito o que já havia dito na coluna da semana passada: TEMOS QUE REFORÇAR ESSE TIME COM URGÊNCIA. AMANHÃ PODE SER TARDE DEMAIS. Ninguém respeita esse time do Coritiba, e sabem por quê? Porque o ataque e os laterais não existem e a zaga é um convite à felicidade.
Não quero ser o arauto do apocalipse, como já fui chamado por diversas vezes por amigos, mas as cicatrizes de 2006 ainda estão abertas em meu coração e parece que a cada jogo alguém toca nessa ferida.
Para finalizar, fiquei sabendo que a diretoria e o Sr. Ximenes (que deve ser parente do NADAlin. Não, não larguei do teu pé e nem te esqueci não) estão analisando se o time precisa de reforços... Triste, mas é verdade. Isso não devia estar mais na cara que nariz do Bozo?
A meta de fechar o primeiro turno com 40 pontos já era. Podemos chegar a no máximo a 36 pontos e a meta de terminar no G4 está muito ameaçada. Lembremos ainda que precisamos de 65 pontos para subir.
EM 2010 SUBIR É OBRIGAÇÃO.
Saudações Sempre Alviverdes.
Infelizmente, essa é a maneira pela qual tenho que descrever a quarta derrota do Coritiba em 5 partidas (a terceira seguida). O técnico Ney Franco mandou a campo um time mais fechado, com Sandro, Andrade e Leo Gago nos lugares de Dudu, Marcos Paulo e Leandro Donizete. Sinceramente, não entendo a razão pela qual Ney sacou Dudu. Ele vinha sendo uma de nossas únicas chances de ter algo realmente ofensivo. Leandro Donizete estava lesionado, Marcos Paulo não vinha bem. Essas mudanças, até compreendo, mas não consigo aceitar a preferência por Sandro ao invés de Enrico e a presença de Dudu no banco.
Ney disse durante a semana que precisava de um esquema novo e, ao meu ver, entrou para empatar. Como quem joga para empatar perde... O castigo até que demorou. O primeiro gol do time catarinense veio somente aos 42 minutos do primeiro tempo, após uma cobrança de escanteio e falha bisonha na marcação de Betinho. Este, aliás, foi outra peça nula em campo. Até tomar esse gol, o Coritiba já tinha escapado de uns 3. Se não fosse pela sorte, o placar do primeiro tempo seria muito mais elástico.
Veio o segundo tempo e o Coritiba volta com Marcos Paulo no lugar de Leo Gago e Dudu no lugar de Betinho. Com isso, o time melhorou, estava na jugular do Figueirense, parecia que ia empatar, mas tinha um problema: Não conseguia transformar o domínio em gols e os chutes surgiam sem perigo. No entanto, o Coritiba chutou mais nos 18 minutos em que Dudu esteve em campo (8 chutes) do que no primeiro tempo inteiro (2 chutes). Quando eu estava começando a ficar esperançoso, Dudu chuta ao gol e quando cai, torce o pé. Como o Ney não tinha levado o Renatinho, pois preferiu o Thiago Real (outro que poderia ser emprestado), teve que colocar o Enrico. Com essa mudança, o jogo ficou mais morno. Marcos Aurélio e Rafinha estavam muito marcados e o primeiro não conseguia se livrar do marcador, mas inegavelmente o time estava melhor que na etapa inicial. Infelizmente, em mais uma jogada em cima da fraca zaga do Coritiba, que continua jogando em linha, surge o segundo gol do Figueirense.
Dessa derrota, algumas conclusões e atitudes têm que ser comentadas:
1) O banco fez bem para Marcos Paulo que voltou a jogar bem e chutar a gol.
2) A ZAGA NÃO PODE JOGAR EM LINHA. MINHA IRMÃ E MINHA NAMORADA SABEM DISSO, SERÁ QUE O NEY NÃO ENXERGA? Ainda mais se a zaga que fica em linha é formada por Triguinho, Angelo, Jeci e Pereira.
3) Triguinho não pode jogar no Coritiba. Eu fui um entusiasta da contratação do lateral, mas infelizmente não tem como ele jogar aqui. Aos quinze minutos de jogo, Triguinho tinha dado 4 passes, TODOS errados. Pelo menos não jogará a próxima partida.
4) Angelo não é jogador de futebol. Ele pode largar a profissão ou ir jogar no time das terras baixas, no Coxa não, pelo amor de Deus. Coloca um cone no lugar dele que ao menos alguém pode efetuar uma tabela. Infelizmente, não é mais o jogador que teve boas passagens no interior do Paraná e nos Coloridos, ou seja, típico jogador de time pequeno.
5) Pereira e Jeci não podem jogar juntos, com esquema 4-4-2. A zaga fica lenta. Isso era camuflado no Campeonato Paranaense por causa do fraco nível da competição e das boas apresentações de Demerson. Para eles jogarem juntos, tem que ser em 3-5-2, de preferência com o Cleiton.
6) Betinho não é jogador para o Coritiba. O leitor pode até defender o atleta, dizer que a bola não chega. O problema é que quando a bola chega, o cara consegue fazer falta de ataque. Nunca tinha visto um cara conseguir isso com tanta “competência”.
7) Ney Franco tirou do time os jogadores errados. Dudu não podia sair do time. Se for para tirar o Marcos Paulo para colocar o Sandro, então deixe o “Cegonhão” em campo. Quem tinha que sair não saiu. Por que continuamos com Pereira e Jeci se temos o Cleiton no banco? Será que mais ninguém viu o Campeonato Paulista desse ano? Ou será que é porque o Pereira é figurão? No futebol tem que jogar quem está melhor, então saque o Pereira do time.
Após ler tudo isso o leitor me pergunta:
- João, você acredita que o Coxa sobe?
- Acredito sim.
- Acredita que podemos ser campeões?
- Acredito sim.
- A gente sobe com esse time?
- Não acredito.
Não acredito e não é de hoje. Faz tempo que venho criticando o elenco, principalmente a zaga. Será que a diretoria não percebe que com esse time entramos com, no mínimo, dois a menos em campo? Não tem como negar que o Coritiba precisa de dois laterais e um atacante. Não podemos esperar pelo Bill. O cara não vinha bem, quebrou a perna, está afastado desde 21 de maio. Quando voltar, precisará de um período para recuperar a confiança. Isso levará mais ou menos um mês. Até lá, o campeonato já era.
Ainda não terminei de reclamar não. Agora o alvo é o Ximenes. No dia 24 de agosto, após a derrota para o Duque de Caxias, o Coordenador de Futebol do Coritiba disparou: “Perdemos a liderança e o Duque de Caxias poderia até fazer mais e cabe ao treinador encontrar as soluções, mas temos que lembrar que o campeonato segue”. Já na sexta-feira, o mesmo indivíduo disse que esperava uma resposta técnica e tática para o jogo contra o Figueirense. Maravilha! Concordo com ele, mas primeiro o treinador precisa de um elenco descente. Com Angelo, Triguinho, Sandro, Betinho, Ramon, Andrade e Jefferson não dá. Antes de criticar e apontar o dedo, Sr. Ximenes, lembre-se que cada um deve fazer sua parte. Porque o senhor não faz a sua e traz dois laterais e um “fazedor de gols”? Ser pedra é fácil, difícil é ser vidraça. O Ney tem sim sua parcela de culpa. A zaga segue em linha e o treinador parece que não percebe, mas repito o que já havia dito na coluna da semana passada: TEMOS QUE REFORÇAR ESSE TIME COM URGÊNCIA. AMANHÃ PODE SER TARDE DEMAIS. Ninguém respeita esse time do Coritiba, e sabem por quê? Porque o ataque e os laterais não existem e a zaga é um convite à felicidade.
Não quero ser o arauto do apocalipse, como já fui chamado por diversas vezes por amigos, mas as cicatrizes de 2006 ainda estão abertas em meu coração e parece que a cada jogo alguém toca nessa ferida.
Para finalizar, fiquei sabendo que a diretoria e o Sr. Ximenes (que deve ser parente do NADAlin. Não, não larguei do teu pé e nem te esqueci não) estão analisando se o time precisa de reforços... Triste, mas é verdade. Isso não devia estar mais na cara que nariz do Bozo?
A meta de fechar o primeiro turno com 40 pontos já era. Podemos chegar a no máximo a 36 pontos e a meta de terminar no G4 está muito ameaçada. Lembremos ainda que precisamos de 65 pontos para subir.
EM 2010 SUBIR É OBRIGAÇÃO.
Saudações Sempre Alviverdes.
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